Cuba: Todas as informações para viajar a Cuba. Um guia completo sobre onde ficar, o que fazer, como se locomover e como chegar

Publicado em
2/2/2020
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Cuba foi nossa última viagem internacional antes da Pandemia começar em fevereiro de 2020. 

Eu sempre tive muita curiosidade para conhecer este país tão isolado, com tantos contrastes e que sempre ouvia muitas histórias. Me surpreendi com a boa infraestrutura turística nesta pequena ilha que fica a 145km dos Estados Unidos, e que possui em torno de 11 milhões de habitantes

Havana é aquela cidade que a gente precisa chegar com a mente aberta, e foi isso exatamente o que eu fiz. Meu interesse era conhecer a cidade, o povo, a arquitetura, a comida, os hábitos e a música.  Já Varadero é aquele destino do Caribe muito turístico repleto de hotéis e resorts praianos conhecidos mundialmente.

Cuba foi surpreendente. Aí vão algumas impressões dos nossos dias por lá

Curiosidades para saber:

Música: a cidade é colorida e musical. Em cada esquina, em cada bar em Havana havia um grupo cantando, atraindo clientes. 

Povo Cubano: Senti um carinho enorme do povo cubano pelos brasileiros. Adoram nossas novelas, e conhecem nossos costumes. Eu pensei que fosse lenda, mas sim é verdade que eles te param na rua, apertam sua mão querem saber de onde você é, fazem perguntas, e querem conversar.  

Cidade: Havana tem muitos contrastes. Ao mesmo tempo que parte está renovada, com ajuda de governos do mundo todo, vimos várias placas informando qual governo estava patrocinando a renovação de diversos prédios; por outro lado, muitas ruas são de total decadência com muita pobreza e prédios quase demolidos. Uma cidade de muitos contrastes.

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Turistas: Estivemos em Havana em fevereiro de 2020, e naquele momento não tínhamos nem idéia do que vinha pela frente em relação a pandemia. Então o que vimos em Havana foi um mar de turistas do mundo inteiro curiosos para conhecer Cuba. 

Restaurantes: A curiosidade aqui é que os famosos ´paladares´ que são um tipo de restaurantes de negócio privado e familiar em Havana foram inspirados na novela brasileira Vale Tudo de 1988. A personagem de Regina Duarte abre seu 1º restaurante chamado Paladar. As novelas brasileiras fazem muito sucesso em Cuba. Eu gostei muito da comida, e minha dica é o restaurante La California.

Segurança: Me senti muito segura em Cuba. No paseo del prado, que é uma grande avenida no centro de Havana, jovens andavam de patins tarde da noite, e crianças que pareciam ser do jardim de infância faziam aula de educação física na rua com seus professores. Não senti nenhuma insegurança.

Hotéis: Me surpreendi com as redes de hotéis de luxo em Havana, principalmente os hotéis espanhóis. São dezenas tanto em Varadero quanto em Havana. Parece que os turistas descobriram Cuba, e sem dúvidas aquele azul único das praias do Caribe contribuem muito para ser um atrativo para viajantes de todo o mundo. As fotos abaixo são dos hoteis IberoStar em Varadero e IberoStar Packard em Havana.

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Caronas: Aprendi sobre a regra das caronas com nosso motorista que nos levou até Varadero. Perguntei a ele, porque tanta gente nas ruas e nas estradas pedindo carona. Ele nos explicou que por uma série de restrições no fornecimento de gasolina e como somente 20% da população tem acesso a um carro, a alternativa que o povo cubano encontrou foi a carona. Por outro lado, ele nos contou que o governo cubano fez uma lei que os carros do governo (que são a maioria) são obrigados a parar e dar carona à população. Quem não para, ou quem está com o carro vazio é parado pela fiscalização.

Internet: Antes de chegar a Cuba já tinha lido sobre todas as restrições a internet dentro do país. A maneira mais comum é comprar um cartão e usar perto de lugares onde tenham sinal. Nós acabamos não comprando o cartão, pois o hotel onde ficamos o Iberostar Packard em Havana tinha Internet livre 24 horas.  Já em Varadero, o Hotel Iberostar Selection oferecia internet já incluída na diária por 1 hora por dia. Sem dúvida a questão da internet nos faz mudar completamente nosso comportamento. Em Havana já saíamos do hotel com os mapas ofline e com os lugares que queríamos ir bem definidos, porque sabíamos que não íamos ter nenhuma rede.

Duração da viagem: Nosso roteiro foi feito no carnaval de 2020, antes de todo o mundo parar em função da pandemia. Nós tínhamos 5 dias dos quais, passamos 3 em Havana e 2 em Varadero. Acho que o ideal seria passar 4 dias em Havana e 3 dias em Varadero.

Visto: A chamada Tarjeta de Turista é um visto exigido para entrar em Cuba. Em fevereiro de 2020, compramos esta Tarjeta com a própria companhia aérea, no nosso caso a Copa Airlines, quando chegamos no aeroporto do Panamá. O custo foi em torno de 20 dólares

Rotas para chegar: 

Havana 

Saindo de São Paulo, nossa rota para chegar a Havana, foi através do Panamá. Pegamos um voo da Copa Airlines direto até a cidade do Panamá que dura em média 6h45 horas, fizemos uma escala rápida e seguimos direto a Havana em um vôo que durou em torno de 1h40.

A curiosidade é que o visto para entrar em Cuba é comprado no aeroporto do Panamá e só pode ser pago em dinheiro e em dólar. Tivemos um contratempo já que só tínhamos uma nota de 100 dólares, e não havia troco. Mas no final deu tudo certo. Mas esta situação serve como uma dica para que seja levado sempre um dinheiro trocado para não passar por esta situação.

Lugares para conhecer: 

Havana 

Capitólio 

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O mármore veio da Itália, os candelabros da França, e dinheiro da Rússia, que patrocinou uma reforma de 10 anos no imponente Capitólio de Havana que é símbolo da cidade.

Uma cópia de um diamante russo de 25 quilates fica embutida no piso embaixo do domo, logo na entrada do Capitólio, e onde nosso grupo de 40 pessoas aguardava o início do tour de quase 1 hora. O diamante original pertenceu ao último czar da Rússia e foi vendido a Cuba. Mais tarde foi roubado misteriosamente, mas enfim devolvido ao governo de Cuba.

Este local que está o diamante é o quilômetro zero, que marca a distância de qualquer ponto do país. Em 2019, Cuba completou 500 anos e o baile de gala para mais de 5000 pessoas foi feito no hall principal com a presença de gente do mundo todo, incluindo os reis da Espanha.

O Capitólio é emblemático, grandioso, elegante, majestoso e muito parecido com seu irmão lá em Washington. Neste caso os irmãos brigaram e não se falam nos últimos 60 anos, desde que a revolução aconteceu na década de 50. Uma outra diferença básica entre o Capitólio de Havana e o de Washington é que o americano é vivo, e palco de debates e disputas.  O de Havana é silencioso, vazio, e só fica mais animado quando os grupos de turistas entram e ficam perplexos com tanta riqueza e suntuosidade. O Capitólio de Havana é lindíssimo, reformado, imponente, mas vazio e silencioso.

Museu de la Revolucion

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Este talvez seja o lugar mais controverso e polêmico na visita a Havana. De qualquer forma é importante sabermos os 2 lados da história. O Museu da Revolução fica no antigo palácio presidencial e foi a decisão de Fidel Castro de abrir ao povo e contar sua história. 

Sob a ótica da história, até 1959 Cuba era liderada pelo ditador duríssimo Fulgêncio Batista, e totalmente alinhado com interesses americanos que faziam do país seu playground. Lembrando que Cuba fica a menos de 150 km dos EUA. O domínio era tão grande que havia uma emenda Platt na constituição que mantinha Cuba como um protetorado dos EUA. Na prática, esta emenda autorizava os EUA a intervir no país a qualquer momento. Quando Fidel Castro liderou a revolução, o povo, a princípio o apoiou, pois contava com o fim da ditadura. 

Pelo que li no museu, Fidel não era muito fã das idéias socialistas, mas vendo que os EUA não iriam aceitar a nova realidade cubana, ele foi jogado diretamente nos braços da União Soviética na época. E aí a guerra fria, e o embargo americano, deram um grande empurrão em toda esta história.

Fulgêncio Batista fugiu da ilha com 40 milhões de dólares, se exilou primeiro na República Dominicana, depois em Portugal e morreu em Marbella na Espanha de um infarto.

Talvez, o regime de Fidel naquele momento era melhor que a ditadura violenta de Batista. Mas talvez o que os cubanos não sabiam era que o regime de Fidel seria também uma ditadura por tantas décadas.

Foi interessante a visita ao Museu para ouvir a história contada sob outra ótica. Atravessando a rua, nos fundos do museu, o visitante ainda pode conhecer vários barcos, jipes, carros, tanques usados durante a revolução por Fidel. 

Uma curiosidade é que em algumas partes do museu é possível ver as marcas de balas, que foram disparadas na tomada do palácio. Contam que Fulgêncio Batista fugiu para os andares superiores e se salvou.

Fusterlandia

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A Fusterlandia foi uma indicação de uma família chilena que conhecemos em Varadero. O bairro fica nos arredores de Havana e fez parte do nosso passeio nos clássicos automóveis dos anos 50.

Trata-se de um conjunto de mais de 80 casas todas enfeitadas com mosaicos coloridos. A ideia começou com o artista José Fuster que iniciou seu projeto de mosaicos em 1975. Naquela época este tipo de arte não era muito valorizada pelo governo Fidel Castro, em um momento pós revolução.

José Fuster estudou artes em Havana, mas depois partiu para a Europa, e caminhando pela sua obra, claramente vemos a influência de Picasso e de Gaudí. Quem já foi a Barcelona, vai ver que a Fusterlandia tem um `quê ́ do Parque Guell. Fuster inclusive é chamado de Picasso o Caribe.

Os murais da Fusterlandia fazem parte de uma obra viva, e fazem menção às cenas cotidianas de Cuba como carros antigos, personagens da revolução, religião, sereias, pescadores, o sol cubano e muito mais. A entrada na casa principal é free e tem um caixinha de donativos. 

É um passeio imperdível em Havana. 

Hotel Grand Packard Iberostar

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Ficamos hospedados neste hotel espetacular em Havana de frente para o Malecon. E mesmo que você não fique por lá, vale uma passada para tomar um mojito durante um Happy hour no rooftop do hotel. A vista é incrível. A abertura do hotel foi em 2019 no mesmo ano em que Cuba celebrou 500 anos. São 320 quartos localizados no passeio de prado na principal avenida de Havana Vieja.

O hotel original é de 1911 e se chamava Biscuit e hospedou Marlon Brando e Pablo Neruda. Olhando este lindíssimo hotel, a impressão é que mantiveram o estilo clássico e subiram novos e modernos andares na enorme renovação do prédio. No 6º andar existe uma enorme piscina de borda infinita debruçada para o Malecón, a orla de Havana. O atendimento é super diferenciado, os quartos são lindos, modernos e elegantes. Acho que o prédio já virou um ícone em Havana.

Uma curiosidade é que o nome Packard foi de uma marca de luxo americana que fez muito sucesso até a década de 50.

Plaza de la Revolución

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É uma das paradas obrigatórias em Havana, porém minha sugestão é dar uma passada durante o passeio naqueles clássicos carros dos anos 50. Já que ela não fica na área muito central de Havana Vieja.  Não há muito o que fazer por lá, mas vale uma parada para ver aqueles famosos prédios com as imagens de Che Guevara  e Camilo Cienfuegos e onde aconteceram a maioria dos atos políticos de Cuba. 

Depois da revolução de Fidel Castro, a praça virou um local onde os cubanos se reuniam para ouvir os longos e intermináveis discursos de Fidel. 

Paseo del Prado 

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Não tem como passear pelo Paseo del Prado e não lembrar das ramblas em Barcelona. Trata-se de uma avenida ícone em Havana Vieja. Um grande calçadão muito arborizado com chão de mármore vermelho e branco e muitos bancos ao longo do caminho. O que mais me encantou no Prado, foi logo pela manhã, após o café, começar a caminhar e me deparar com uma turma de crianças do jardim de infância fazendo sua aula de educação física despreocupadamente ao longo da avenida. A escola era em uma esquina, e o Prado era a extensão da escola. Achei aquilo tão simples e ao mesmo tempo tão emblemático. Um só professor acompanhando as crianças e nenhuma preocupação com segurança,

Em 2016, fotos do Paseo del Prado correram o mundo, pois a avenida foi palco do desfile de lançamento da coleção da Chanel. Era um momento de aproximação com uma possível abertura e conversa com o governo americano, porém em seguida veio o governo Trump, muitos passos para trás foram dados. 

Malecon 

Se tem um lugar perfeito para ver o pôr do sol em Havana é no Malecon. Esta avenida à beira mar fica no final do Paseo del Prado e é ponto de encontro dos cubanos. A mureta com o som do mar batendo nas pedras reúne amigos, namorados, famílias, poetas, pescadores e cantores. É pura diversão. E do Malecón é possível ter também uma visão bem bacana do Castelo de San Salvador que tinha como objetivo proteger a cidade e serviu como fortaleza. Passeamos por lá no final da tarde e o clima era bem alegre com pessoas tocando violão, cantando e se reunindo.

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Um passeio nos clássicos autos dos anos 50 

Se tem um passeio clássico em Havana é o tour nos carros dos anos 50. Eles estão por todas as ruas, são rosas, azuis, vermelhos, verdes, e a maioria sem capota. Quem resiste? Eu gostei tanto que repetimos no dia seguinte, mas em outra direção. Mas ainda melhor do que voltar ao tempo e andar nestes clássicos, é ter 1 hora para conversar com o motorista. Eu tinha uma lista enorme de perguntas, queria saber como era a vida, o racionamento, se podiam viajar, se a cidade era segura, qual era a profissão deles, como era a escola. Foi uma verdadeira aula sobre Cuba.  1 hora passou tão rápido, ficaria o dia inteiro ouvindo todas as histórias. 

O ponto de partida mais fácil para buscar o passeio nos carros clássicos é em frente ao Teatro Nacional de Cuba, ao lado do Capitólio. O preço é meio tabelado, mas vale pedir um desconto, e são várias opções de circuito.

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El Vedado 

Conhecemos este bairro no caminho para a Fusterlandia, em um carro rosa pink dos anos 50 sem capota. Foi muito bacana. El Vedado contrasta com Havana Vieja. As ruas são mais modernas, mais largas com casas e pequenos edifícios. Aprendi com nosso motorista que era em Vedado que a alta sociedade de Cuba vivia antes da revolução de Fidel Castro. O bairro fica mais afastado do centro turístico e acho que uma passeada de carro por lá, vale para ver uma Havana diferente, crianças indo para a escola, pais indo ao mercado, e o cotidiano do povo. 

Grand Teatro de Havana 

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Um dos lugares que mais me emocionei em Havana foi a belíssima sede do Ballet Nacional de Cuba. O prédio é imponente, a arquitetura é linda, a acústica é perfeita, mas o que me encantou, além de conhecer o teatro, foi conhecer a história da 1ª bailarina de Cuba: Alícia Alonso. 

Logo no foyer do teatro está a escultura gigante e linda de Alicia Alonso, a mais importante bailarina de Cuba. Ela nasceu em 1920, e começou a dançar com 9 anos. Quando estudava nos EUA em 1942, ela teve um descolamento de duplo de retina. Sua recuperação durou mais de 1 ano. Com olhos enfaixados, não podia sorrir, chorar, ou mexer a cabeça. O problema dos olhos a acompanhou por muitos anos da sua vida, mas ela nunca parou de dançar. As luzes do palco a ajudaram a guiar, assim como seus parceiros bailarinos. Ela só parou de dançar pelo mundo aos 74 anos, e pendurou suas sapatilhas de ponta. Alicia Alonso é muito querida em Cuba e morreu em 2019 com quase 90 anos. Ela trabalhou a vida toda à frente do ballet nacional de Havana.

Nossa guia, que nos conduziu pelo tour no teatro, era uma cubana simpática, e falava através de seus olhos. Sua paixão em nos contar a história de Alicia e mostrar cada parte do teatro foi muito emocionante. A facilidade como nosso guia falava cada idioma e trocava de língua como um estalar de dedos me hipnotizou. No nosso grupo, de mais ou menos 40 pessoas, havia turistas de todo o mundo, franceses, belgas, americanos, latinos, o que mostra o interesse do turismo em Cuba. 

Plaza de la Catedral e Catedral de San Cristobal

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Esta parte de Havana representa um área muito histórica da cidade, já que está ligada à sua fundação. Em 1748 os jesuítas começaram a construção de Havana. E a história conta que a  Catedral recebeu o nome de São Cristóvão porque guardou até 1898 os restos mortais de Cristóvão Colombo. A praça é linda, histórica, com muitos turistas, e  mesinhas ao ar livre dos diversos restaurantes ao redor. E também é muito musical, cada restaurante tinha um grupo tocando e cantando. 

Plaza Vieja 

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De todas as praças que conheci, a Plaza Vieja foi a que mais gostei. Ela foi completamente renovada, é colorida, tem restaurantes, cervejarias, e uma área enorme para passear e descansar. Em 1559 ela era chamada de Plaza Nueva, porém no século XIX outras áreas foram surgindo, e ela mudou de nome. Com certeza vale uma ida até lá! 

Varadero

Praias de Varadero 

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Como o tempo era curto em Varadero, e nosso foco era a praia, aproveitamos para caminhar e aproveitar aquela imensidão azul que somente as praias do Caribe tem. Daqueles lugares que o azul do mar se confunde com o azul do céu

Ônibus Hop on/off

Existe um ônibus hop on/off que circula na zona hoteleira, vai até o centro de Varadero. Nós pegamos o ônibus porém acho que foi a 1ª cidade do mundo que fiquei decepcionada com este tipo de transporte. Demorava muito, e os pontos de espera eram lotados. Acabamos desistindo do ticket que havíamos comprado, tomamos um taxi e conhecemos os arredores, já que tínhamos muito pouco tempo.

Mansão Xanadu

Este foi um lugar que nosso motorista do táxi nos levou, após termos desistido do ônibus hop on / off. É um lugar lindíssimo, perto do maior campo de golfe de Cuba, com 18 buracos e também conhecido como Villa Dupont. A mansão hoje é um restaurante que merece ser visitado. Ela foi construída em 1930 e pertencia ao milionário francês Alfred Dupont. Porém com a revolução de Cuba em 1959, a casa foi desapropriada. Pelo que aprendemos com nosso motorista / guia, esta casa era usada também pelos mafiosos como Al Capone 

Parque Josone

Se você quer ver um local frequentado pelos cubanos em Varadero, vale uma passada no parque Josone. Estávamos caminhando pela rua principal de Varadero e entramos no parque, um jardim simples e simpático com cubanos fazendo piqueniques, tirando fotos, e confraternizando.  Este é um parque que fica bem no centrinho de Varadero, e frequentado pelos cubanos. O parque era uma mansão particular no estilo neoclássico de 1942 que foi desapropriada pelo governo e hoje é aberta ao público. O parque Josone é uma combinação dos nomes de seus proprietários originais José e Onélia Iturrioz

Ponte de Bacunayagua

Na volta de Varadero para Havana, nosso motorista fez uma parada rápida para um café em um mirante bem bacana. Do mirante vemos a ponte sobre o Vale do Rio Yumurí que é um motivo de muito orgulho para os Cubanos que consideram uma grande obra da engenharia nacional. O local conta ainda com uma lojinha de souvenir, e mesinhas ao ar livre para um café.

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Lugares para Comer & Beber 

La California Restaurante e Bar 

Este restaurante fica meio escondido em uma rua um pouco bagunçada, e nos foi indicado pelo motorista do tour que fizemos nos clássicos autos dos anos 50. Ao final do passeio ele nos deixou lá. Nós gostamos tanto que voltamos no dia seguinte para almoçar. A comida é leve, deliciosa baseada em peixes e frutos do mar, mas tem um pouco de tudo. Acho que este é um típico `paladar` que são aqueles restaurantes de família que a casa virou um estabelecimento comercial. A moça que nos atendeu adorava os brasileiros, conhecia todas as novelas, e nos sentimos em casa. 

As últimas fotos são do nosso 2o dia que voltamos ao La California, tínhamos que ir para o aeroporto e fomos os primeiros a chegarmos no restaurante. Então era bem cedo, mas no 1o dia, o restaurante estava lotado de turistas.

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La Bodeguita del Medio  

Este é um daqueles lugares lotados de turistas, por ser muito famoso. Era o bar onde Ernest Hemingway tomava seus mojitos, e tem uma escultura dele, sentado no bar, logo à esquerda quando entramos no bar. Os turistas deixam também sua marca nas paredes do bar, é uma tradição. Lendo as críticas, acho que o mojito de lá é imperdível, porém estava muito cheio, e preferimos seguir. 

El Floridita

Este é um outro clássico em Havana tomar um Daiquiri, aquela bebida feita de suco de limão, açúcar e rum. É um bar menorzinho comparado ao Bodeguita del Medio, mas faz também muito sucesso entre os turistas. Vi muita gente comprando seu Daiquiri e tomando na rua mesmo. 

Los Nardos 

Este foi um restaurante indicado por uma família chilena que conhecemos em Varadero. Ele fica bem em frente ao Capitólio em uma sobre loja e cada prato é muito bem servido, com um preço muito excelente. Adoramos o restaurante e com certeza voltaríamos. Tem um pouquinho de tudo no cardápio mas escolhemos frutos do mar. Em geral os preços são muito bons. Não achamos caro.

La Guarida 

Infelizmente não conseguimos jantar neste restaurante, mas está na minha lista para uma próxima vez em Havana. Trata-se de um dos restaurantes mais tradicionais em Havana, e ficou mais conhecido depois de ter sido cenário do filme Fresa y Chocolate de 1994 que concorreu ao Oscar. O restaurante fica em um palacete dos anos 20, mas que à 1ª vista o andar térreo parece até meio abandonado. Todas as críticas que eu li recomendam um jantar por lá, para experimentar a cozinha contemporânea.

Restaurantes ao redor da Plaza de la Catedral 

A praça conta com várias opções de restaurantes, com mesas ao ar livre e cada uma com um grupo de cantores. É um ambiente bem agradável que vale uma parada pelo menos para um café.

Hospedagem para escolher

Em Havana: 

O hotel escolhido em Havana foi o Iberostar Grand Packard. A escolha foi excelente. Ótima localização em frente ao Paseo del Prado, e pertinho do Malecon. O hotel era um edifício histórico inaugurado em 1911 que hospedou personalidades como Pablo Neruda e Marlon Brando. O hotel foi completamente renovado, e a cereja do bolo pra mim, é a piscina de borda infinita debruçado para o Malecón com uma vista incrível e perfeita para um Happy hour sem pressa para se encantar com o pôr do sol. Super recomendo este hotel!  

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Em Varadero: 

Também escolhemos um hotel da rede espanhola. O Iberostar Selection Varadero é daqueles resorts all inclusive com inúmeras opções de restaurantes, shows e diversão para crianças. Me lembrou muito o Iberostar da Praia do Forte em relação a dinâmica do hotel. Muitas pessoas sempre perguntam da Internet. E realmente o sinal era limitado a 1hora por dia incluído na diária, mas era possível sim pagar por uma extensão. Era caro, então nos adaptamos e aprendemos a ter internet por uma hora por dia!

Varadero é uma península super procurada por turistas do mundo inteiro, então a oferta de resorts é enorme. São hotéis de redes internacionais, e a zona hoteleira me lembrou Aruba e Cancun.

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História para conhecer

Uma pequena ilha no Caribe a 145km dos EUA que desde 1952 era liderada pelo ditador Fulgêncio Batista o qual era muito alinhado com o governo americano. 

Nessa época foi iniciado um movimento guerrilheiro na região de Sierra Maestra com a liderança de Fidel Castro e Che Guevara. Este processo revolucionário e nacionalista foi ganhando força e apoio do povo cubano e em 1959, a ditadura de Fulgêncio Batista foi derrubada. Ele fugiu de Cuba e foi exilado.

Com o novo governo de Fidel, e com uma série de mudanças implementadas, o governo americano ficou insatisfeito e evoluiu para um rompimento de relações com os Estados Unidos. O distanciamento dos Estados Unidos, resultou em uma aproximação com a União Soviética. Era a época da Guerra Fria e o auge das tensões entre comunismo e capitalismo.

O cenário caminhou para um embargo americano a Cuba o que deixou o país isolado e com muitas restrições. Visitar Cuba é sentir de perto tantas contradições, limitações e uma luta diária do povo cubano. Foi uma viagem surpreendente, quase em um mundo paralelo! 

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